
Não desanimar. Foi esse o termo de ordem para que Rafael Bertagnolli chegasse ao
topo da tabela do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade. O gaúcho lidera a
categoria GP 600 do Moto 1000 GP com 51 pontos, à frente do paranaense Ademilson
Peixer, com 43, e do espanhol Manuel Jimenez, com 38. Depois do começo de
temporada difícil, com o abandono na segunda volta da corrida de 21 de abril
Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, o piloto passou a integrar a equipe
SBS Racing Team e reencontrou motivos para acreditar no título do Moto 1000 GP.
Ele venceu as duas provas seguintes, dia 26 de maio no Autódromo Internacional
de Curitiba, em Pinhais, e no último domingo (23, no retorno a São Paulo (SP),
beneficiado pela desclassificação técnica do argentino Sérgio Fasci, primeiro a
receber a bandeira quadriculada.
Bertagnolli relata a frustração de não
ter completado a primeira etapa. “Desanimei depois daquela prova. Estava tudo
certo, mas uma coisa assim chega a ser uma grande frustração”, desabafa. “Mas
acredito que tenho condições de andar forte. Acabei acertando com uma nova
equipe e daí para frente as coisas começaram a se encaixar”, conta, aliviado. Na
capital paranaense, segunda corrida do calendário, o piloto percebeu ser
possível entrar na disputa pelo título. “Em Curitiba vi que tudo poderia ser
melhor. Peguei uma moto diferente da que eu tinha, mas que na corrida seguinte –
no retorno a São Paulo – estava bem melhor. Há sempre uma coisa ou outra para
regularmos, mas a equipe está trabalhando”, diz o piloto.
A corrida em
Brasília (DF), marcada para o dia 28 de julho no Autódromo Internacional Nelson
Piquet, será determinante para os rumos do campeonato, no ponto de vista do
líder da tabela. “Quem errar menos daqui para frente, e conseguir emendar uma
constância, vai ser dar melhor lá na frente. A regularidade, o fato de pontuar
bem sempre, será fundamental na coquista do título. Digo isso porque o
campeonato está aberto. Pelo menos quatro pilotos têm chances de chegar ao
título”, considera. “Então se manter no pódio será fundamental”, relata,
lembrando que junto dos três primeiros na tabela está ainda o piloto André
Veríssimo, da equipe Motrix-Scigliano Racing, campeão de 2012 e quarto na
classificação com 37 pontos. “Mas não me sinto pressionado por ser o líder”,
continua.
A pista de Brasília é o “quintal de casa” da equipe de
Bertagnolli, uma vez que o time é sediado na capital federal. “O time conhece
bem aquela pista, e isso pode facilitar alguns aspectos de acerto,
principalmente com a suspensão da moto. Tive um desgaste acentuado de pneus em
Interlagos e devemos corrigir isso para a próxima etapa”, finaliza Bertagnoli,
piloto da cidade gaúcha de Santa Maria.
Todas as motocicletas do Moto
1000 GP utilizam como combustível a gasolina Petrobras Podium e como
lubrificante o Lubrax Tecno Moto. Petrobras e Lubrax patrocinam a competição ao
lado da BMW Motorrad e da Michelin, que fornece os pneus Power Slick, da GP
1000, e Power Cup, da GP Light, da GP 600 e da GPR 250, a todas as equipes. O
campeonato tem o apoio de Beta Ferramentas, Shoei, LeoVince, Bell, Servitec,
Calfin, Tutto Moto e Peterlongo. A classificação da categoria GP 600 após três
etapas do Moto 1000 GP é a seguinte:
1º) Rafael Bertagnolli (RS/BSB
Racing Team), Kawasaki, 51
2º) Ademilson Peixer (PR/Moto 3 Racing Team),
Kawasaki, 43
3º) Manuel Jimenez Gordo (PR/Grinjets SBK Racing), Kawasaki,
38
4º) André Veríssimo (SP/Motrix Scigliano Racing), Kawasaki, 37
5º)
Sérgio Laurentys (SP/ Tato Racing), Kawasaki, 35
6º) Eduardo Costa Neto
(SP/Mobil Rush Racing), Kawasaki, 34
6º) Marciano Santin (RS/Santin Racing),
Honda, 34
8º) Sérgio Fasci (ARG/MG Bikes Yamaha Racing), Yamaha, 27
9º)
Marcus Vinicius Trotta (SP/Motom), Yamaha, 22
10º) Alexsandro Tiago Pires
(RJ/Center Moto Racing Team), Kawasaki, 19
11º) Ives Moraes (SP/Motom),
Triumph, 15
12º) Raoni Farfan (DF/Suprema Kawasaki), Kawasaki, 12
13º)
César Almeida (BA/Corujão Racing), Honda, 9
13º) Gustavo Cecarelli (SP/HPN
Racing Team), Kawasaki, 9
15º) Ígor Pacci Érnica (SP/Motrix Scigliano
Racing), Yamaha, 8